Alopécia por diluição de cor

A alopécia por diluição de cor é (como qualquer outra forma de alopécia) uma anomalia do revestimento cutâneo (pele+pêlo), que se traduz pela ausência (completa ou parcial) de pêlos numa zona que normalmente tem pelagem. Esta doença é sobretudo observada em cães de cor “diluída” tais que azuis, mas também pode afetar cães de cor preta ou castanha.

segundo os casos poderá ser denominada por outras formas.

Alopédia por Diluição de Cor (ADC)

Color Dilution Alopecia (CDA)

Aloécia dos mutantes de cor

síndrome do doberman azul

Os primeiros sintomas aparecem regra geral entre os 3 e 24 meses mas por vezes também bem mais tarde.

A doença evolui progressivamente: inicialmente é sobretudo localizada na região dorsal, depois os flancos, barriga, interior dos membros até se estender à totalidade do corpo.

A evolução é bastante rápida: caso nenhum tratamento seja feito, em aproximadamente 1 ano o cão poderá ficar totalmente isento de pêlo. A descamação (presença de caspa) e comedões são frequentes.

Uma piodermite secundária (infeção cutânea purulenta) mais ou menos pruriginosa e recidivante é frequente.

Excluídos outros diagnóstico diferenciais para eliminar outras causas como patologias endocrinas, carências, doenças auto-imunes, causas traumáticas, o diagnóstico final da alopécia é principalmente baseado sobre um tricograma.

O veterinário realiza uma biópsia sob anestesia geral, que depois encaminha o material para um laboratório especializado. O exame do pêlo ao microscópio (comparando pêlos de zona de alopécia com pêlos de zona sem alopécia) permite também observar lesões capilares características.nota: no resultado do exame nunca estará descrito que o diagnóstico é uma alopécia mas sim que existe forte suspeição de alopécia.

Até os genes em causa não serem identificados, os laboratórios veterinários não se podem pronunciar a 100%.

No momento actual das pesquisas, a conclusão mais plausível aceite implica um novo alélo suplementar no local D (de diluição).O alélo D (dominante) impede a diluição das cores.O Alelo d (recessivo em relação a D) leva à diluição de cores quando o animal é homozigotico ou seja possui dois alelos d (dd).O novo alelo d1 seria responsável da alopécia por diluição de cor. Na condição de que a sua penetrância seja variável e incompleta, explicaria as diferentes formas de alopécia ligadas à cor.

é uma doença incurável: apenas o tratamento sintomático é possível à base de shampoos e complementos alimentares tais que zinco, vitamina E…

Deve-se evitar qualquer expoisção prolongada ao sol e tratar as piodermites resultantes. Alguns tratamentos experimentais para outras alopécias podem ser utilizadas. Poderão eventualmente levar ao crescimento temporário parcial ou total dos pêlos

Nenhum cão irá morrer diretamente da doença. É essencialmente uma situação estética aliado aos constrangimentos das possíveis sobre-infeções.

Atualmente, na presença de uma doença complexa e esperando avanços tecnológicos, a prevenção repousa essencialmente sobre

a recolha de máximo de informação com veterinários e criadores

remover da reprodução os cães de risco

Daí os clubes incentivarem os criadores e proprietários de fazerem prova de total transparência em relação aos cães atingidos, a comunicar os resultados de forma a recolher o máximo de elementos e analisar os pedigrees afetados.

Os cães afetados de qualquer forma de alopécia de origem genética não poderão ser confirmados e assim não serão autorizados a reproduzir. Em caso de suspeição durante a apresentação e independentemente da cor do cão, o documento de confirmação apenas será entregue após o fornecimento das análises que comprovem que se trata de uma alopécia não aliada à genética.