A mielopatia degenerativa é uma doença que leva à paralisia das patas traseiras aparecendo progressivamente durante o envelhecimento do cão. É uma condição em que a medula espinhal perde a sua função após a sua degeneração. A causa exata é ainda desconhecida. Existe a suspeita de uma causa genética mas a patologia será provavelmente multifatorial.

Os sinais são insidiosos e lentamente progressivos. As patas traseiras são atingidas em primeiro lugar. O cão mostra dificuldade na locomoção com ataxia, fraqueza (paresia) e défices propricetivos (arrasta as patas ou garras), cruza as patas, posiciona-se deforma anormal. Habitualmente a sintomatologia é bilateral mas poderá haver um lado mais afetado que o outro. O controlo da continência dos esfíncteres normalmente está preservada.

As patas dianteiras estão habitualmente preservadas até haver um estadio avançado da doença. A mielopatia degenerativa não é dolorosa. Poderá no entanto estar associada a outras condições tais que uma hérnia discal que essa sim, poderá causar dor.

Caso o seu cão apresente este tipo de sintomas deve-se consultar um veterinário o mais rapidamente possível.

Não existe um teste específico para diagnosticar a mielopatia degnerativa quando os sinais clínicos estão presentes. Trata-se de um diagnóstico de exclusão. Idealmente uma imagem por ressonância magnética (RMN) é realizada para eliminar outras patologias que possam afetar a medula espinhal.

No entanto pode-se realizar o diagnóstico preventivo para saber antes ainda de haver sintomatologia se o cão é portador ou não dos genes reponsáveis pela mielopatia degenerativa (MD).

Com apenas um esfregaço bucal ou de uma analise de sangue realiza-se um teste ADN para MD que permite detetar se o cão testado é homozigótico normal (saudável), heterozigótico (portador são) ou homozigótico mutado (com a doença).

O teste ADN para a mielopatia degenerativa (MD) é um teste obrigatório, fiável e simples de despiste dos reprodutores de forma a adaptar os casais e evitar o nascimento de cachorros doente e assim levar á propagação desta doença na raça.

Cada gene é composto de dois alelos (um oriundo da mãe e outro do pai) existido assim várias combinções possíveis. Cada alelo são ou com a doença é potencialmente transmissível para a descendência.

O resultado do teste da mielopatia degenerativa (MD) tem 3 opções:

DM / DM: homozigótico para a mutação, contendo 2 alelos para a doença = AFETADO : o cão tem a doença nos seus genes por isso erá risco elevado de vir a desenvolver sintomatologia da doença mielopatia deenerativa.

DM / N: heterozigótico para a mutação do gene = PORTADOR. Não tem o risco de ter sintomas da doença mielopatia degenerativa mas poderá transmitir o alelo do gene doente à sua descendência.

N / N: homozigótico para o gene normal = NORMAL : nenhum risco de ter sintomatologia da mielopatia degenerativa nem de a transmitir à sua descendência.

Se o cão é portador do gene doente, não significa que os sinais clínicos observados será necessariamente devido à mielopatia degenerativa mas sim que o cão será mais susceptível a desenvolver a doença ao longo da sua vida.

Com o objetivo de evitar o desenvolvimento desta doença, os clubes da raça recomendam que todos os cães atingido ou portadores sejam acasalados apenas com cães saudáveis.

Infelizmente não existe ainda tratamento da causa da mielopatia degenerativa apesar das várias tentativas. O exercício regular provou-se benéfico para manter os animais atingidos funcionais e capazes de andar mais tempo possível. A fisioterapia, o exercício regular e a natação são muito recomendados.

Quando o cão está muito atingido ou paraplégico existem possibilidades de ajuda mecânica tais como cadeiras de rodas para as patas posteriores que permitem ao cão ainda alguma mobilidade e qualidade de vida.

Habitualmente a condição progride ao longo de 6 a 24 meses. Depende e varia muito de um indivíduo para o outro. O prognóstico a longo termo é mau visto que a maioria dos cães irá progredir até ao ponto em que deixam de ser funcionais.

Pode-se encomendar kits de teste nos clubes da raça ou ir a clínicas ou hospitais que realizem esses rastreios através de análises de sangue ou esfregaço bucal.

Os criadores afiliados dos clubes comprometem-se a testar todos os seus repodutores para a MD antes de qualquer acasalamento de modo a evitar a propagação da doença.

Os clubes tais como a NBVK e IHR incentivam todos os outros criadores e particulares mesmo não afiliados a despitar para a MD.